Google, MSN ou Yahoo: quem domina a internet?
Sexta-feira, 30 setembro de 2005 - 07:03
Ralphe Manzoni Jr., do IDG Now!
MSN, Google ou Yahoo? Qual dessas empresas é a maior e mais poderosa empresa de internet do planeta?
A resposta está nos dados do Nielsen//NetRatings, que mede a audiência de internet em 11 países: Alemanha, Austrália, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido, Suécia e Suíça.
O IDG Now! teve acesso aos relatórios de audiência de internet desses países. E o líder é? Bem, chegue você mesmo as suas conclusões, com base nos dados do mês de agosto, audiência domiciliar, excluindo-se aplicativos.
1) o Google é o líder em número de usuários com uma pequena vantagem sobre o MSN (veja gráfico). Ele também é líder em sete dos 11 países em que o Nielsen//Netratings mede a audiência.
2) o MSN, segundo colocado, fica apenas a 2,5 milhões de usuários do Google. É líder no Brasil e na Suécia. Está em segundo ou terceiro lugar em sete dos 11 países avaliados.
3) o Yahoo é líder em apenas dois dos 11 países em que o Nielsen mede a audiência e não está em segundo ou terceiro em nenhuma das outras nove nações. Detalhe importante: lidera nos Estados Unidos e no Japão, os dois maiores mercados de internet do planeta.
"Pode-se dizer que essas empresas tornaram-se marcas globais da internet", avalia Marcelo Coutinho, diretor executivo do Ibope Inteligência e professor do curso de metrado da Fundação Cásper Líbero. "Boa parte do panorama da internet nos principais países vai depender do movimento dessas três empresas."
É verdade. Uma análise dos rankings de marcas (brands) dos 11 países revelou que os três portais, que têm como matéria-prima para oferecer aos internautas serviços, estão conseguindo romper a barreira cultural local.
"Como são portais de prestação de serviço, a economia de escala global faz toda a diferença", diz Coutinho
Na visão do executivo do Ibope Inteligência, quando a internet era apenas um canal de distribuição de conteúdo, os grupos locais tinham vantagens competitivas sobre os estrangeiros.
À medida que o foco da internet passou para prestação de serviços, a lógica econômica desse modelo prevaleceu. "Quanto mais eu puder replicar os processos, menor o custo deles", afirma Coutinho.
Mas será que uma dessas empresas vai replicar na internet o domínio que a Microsoft conseguiu no dekstop do usuário?
Um livro nos Estados Unidos, (How Google's Internet Search is Transforming Application Software, disponível apenas em PDF, clique aqui), o autor Stephen Arnold defende a tese de que o Google tem uma grande ambição: levar a era da informação do desktop para a internet.
É no desktop que a Microsoft construiu seu império e é com o MSN, seu braço de internet, que o defende na web. O vencedor dessa nova batalha? Para Coutinho, essa é uma pergunta que vale um milhão de dólares
Veja tabela