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Falta De Garantias Atrapalha Trabalho À Distância


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Posted 02/04/2004, 09:07

[Webinsider]
02/04/2004 08:28
Falta de garantias atrapalha trabalho à distância

Você fecha um contrato por e-mail para prestar um serviço via web. Faz o trabalho, dá tudo certo, mas na hora de receber a coisa começa a ficar difícil. Aconteceu com um amigo nosso.

Carlos Nepomuceno

Tenho uma empresa de prestação de serviços em internet há oito anos e, confesso, nunca recebi tantos pedidos de orçamento pela rede.

Antes que os amigos e parentes mandem e-mail pedindo dinheiro emprestado, aviso: quase 100% das consultas não geram negócio. É uma espécie de voyeurismo comercial digital: olha-se muito, mas não se toca em nada.

No fundo, os possíveis interessados querem saber se o fornecedor da sua cidade está cobrando caro. Todos querem trabalhar com alguém a poucos quilômetros de casa que tenha uma porta a ser chutada e uma mesa a esmurrar, se o serviço não for entregue.

É a chamada garantia Kung-Fu, com a seguinte filosofia: virtual é bom nos olhos dos outros.

Vejam o caso de um amigo. Fechou, depois de uma árdua troca de e-mail, seu primeiro contrato pela rede de R$ 400,00 com uma empresa de outro Estado. Eis a novela depois que enviou os arquivos pela web do serviço contratado:

"Enviei o e-mail para cobrar e ele alegou que faltava um item. Esclareci que aquele ponto não estava previsto no acordo. Concordou e prometeu depositar. Passado alguns dias, relembrei e escreveu que restava outro item. Passei a me comunicar pelo telefone".

E prossegue:

"Para minha sorte, tinha indicado esse contratante para um amigo, que acabou fechando um projeto com ele. Ameacei denunciá-lo para o meu conhecido. Foi o único argumento convincente".

E conclui:

"Quase levei o meu primeiro calote, mesmo tendo tudo assinado! Com tudo isso, só depositou uma semana depois do que prometeu. Se eu não o tivesse indicado para alguém....sei não".

Vão aqui, então, algumas dicas para ambos os lados se defenderem.

Contratante – analise o site do fornecedor, veja os principais clientes, tempo de mercado, telefone, endereço. Ligue, peça referências, exija um acordo assinado bem detalhado, incluindo os serviços a serem entregues e as datas dos respectivos pagamentos. Em projetos maiores, exija referência.

Fornecedor – (tudo que foi dito acima e ainda) coloque no seu website a lista dos clientes, incluindo depoimentos. Consulte alguns deles para a possibilidade de oferecer referência. Exija sempre um sinal e etapas de pagamento a cada produto intermediário.

É bom também concluir o processo, através da entrega final do projeto (disquetes, papéis, CDs), via Sedex a cobrar. O executor envia e o contratante vai à agência dos Correios receber e pagar. Nada impede, entretanto, que partes desse material final já tenha sido demonstrado na rede, parcialmente.

A origem de toda essa desconfiança é o descrédito geral na justiça brasileira, pois um contrato que deveria ser uma garantia, vale menos do que um papel do jogo do bicho colado em poste.

Ou seja, o comércio digital de serviços está em curto com a lenta Justiça verde e amarela analógica. Já é hora de oferecerem, no mínimo, uma base online de dados nacional com a lista das empresas que tenham problemas na justiça.

Enquanto isso, a maioria contrata na sua própria cidade, ou bairro, mesmo que seja duas ou três vezes mais caro. Pergunta-se: quem perde com tudo isso?
A vida é dura pra quem é mole




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