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A Samsung está em busca da retomada do posto de empresa que mais vende smartphones no mundo, posição que perdeu recentemente para a Apple. Isso ocorreu em parte pelo sucesso dos iPhones 6 e 6 Plus e em parte pela relativamente baixa quantidade de vendas do Galaxy S5. Com isso, a empresa informou aos acionistas no segundo semestre de 2014 que iria utilizar novos materiais em seus dispositivos móveis para reverter essa queda de vendas. É isso que vemos no Galaxy S6 Edge, um smartphone novo em diversos aspectos, e que também tem uma versão tradicional chamada apenas de Galaxy S6.
O produto não é só o modelo topo de linha da marca, é a aposta da Samsung para retomar a liderança do mercado global — e o vidro é um componente essencial para isso. O policarbonato foi abandonado em prol do Gorilla Glass 4, que oferece proteção também para o display.
Para bater de frente com o iPhone 6, a Samsung criou um aparelho com longa duração de bateria e uma tela diferente de tudo que já foi lançado: as bordas laterais esquerda e direita são curvas e podem ser aproveitadas por criativos recursos de software oferecidos pela interface Touchwiz, que roda sobre o Android 5.0 Lollipop, que já vem de fábrica.
Nos testes realizados no INFOlab, o S6 Edge se mostrou um dos smartphones com maior duração de bateria do momento, deixando o iPhone 6 para trás por, aproximadamente, quatro horas. Nem o iPhone 6 Plus, que tem bateria com maior capacidade, aguentou por tanto tempo o teste quanto o novo smartphone topo de linha da Samsung.
//Design
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O design do Galaxy S6 Edge é o seu ponto de maior elegância. Finalmente o smartphone topo de linha da Samsung parece custar tanto quanto custa. Esse não é um aparelho com uma tampa traseira fina feita de plástico que parecia ser um item de um dispositivo de baixo custo de uma marca qualquer. O Gorilla Glass 4 foi uma escolha acertada para dar refinamento ao S6 Edge. Fora isso, o item também é resistente a riscos que apareceriam no cotidiano em um smartphone, apesar de não ser tão impressionante quanto o LG G Flex 2, que pode se regenerar desse tipo de dano. O aparelho da Samsung já apareceu em uma série de vídeos sendo jogado no chão, portanto, resistência parece ser um fator real para este produto. Durante a apresentação do smartphone feita para a INFO, o diretor de produtos da empresa, Roberto Soboll, chegou a bater o aparelho em uma mesa e jogá-lo no chão (que tinha carpete) por diversas vezes. Nenhum dano foi feito.
Outra característica “importada” do Galaxy Note Edge são as bordas de metal ao redor do corpo do aparelho. Esse detalhe mostra a atenção que a empresa deu ao visual do produto, bem como à resistência contra quedas.
No entanto, alguns quesitos mudaram em relação ao S5 devido a essa escolha de mudança radical de design e nem tudo foi para melhor. Como há menos espaço na carcaça, cuja espessura é de 6,8 mm (0,1 mm a menos que o iPhone 6), a entrada para cartão microSD foi sacrificada. Agora, o aparelho vem com 32 GB em seu modelo mais básico, porque “16 GB é muito pouco”, segundo a empresa.
A bateria não é mais removível, portanto, se você escolhia os dispositivos da Samsung por causa da possibilidade de usar baterias adicionais, essa vantagem desapareceu. O mesmo aconteceu com a proteção contra a entrada de água e poeira que vimos no Galaxy S5, que podia ser mergulhado a 1 metro de profundidade durante até 30 minutos.
Não é possível falar do design do Galaxy S6 Edge sem mencionar a semelhança com o iPhone 6 especialmente na parte inferior. O conector de cabo microUSB, o de fone de ouvido e o alto-falante mostrando-se alinhados de forma extremamente parecida com o aparelho da Apple. Não que isso seja um ponto negativo, talvez esse seja mesmo a melhor acomodação de componentes para um smartphone tão fino, mas essa iniciativa da diretoria de design da Samsung é arriscada, porque, vale lembrar, a companhia já travou disputa judicial por ter copiado o visual do iPhone no passado. Até o momento, não se tem notícia de um processo semelhante envolvendo o S6 Edge, nem o S6.
A fina espessura traz à tona outra característica visual que nos faz pensar no iPhone 6: a câmera do aparelho da Samsung é saliente. O módulo não é pequeno o suficiente para que fique alinhado à parte traseira do aparelho, assim como acontece com a câmera iSight do smartphone da Apple.
A ergonomia do aparelho não é ruim, só é um tanto incomum segurar um produto cujas laterais são parte da tela e não simplesmente laterais normais. Um ponto negativo do manuseio é que a tampa traseira, por ser de vidro, deixa marcas de dedos com grande facilidade. Isso acontece de tal forma que, durante os testes do INFOlab, chegamos a ter um pequeno problema no leitor biométrico: durante o cadastro da digital, o botão ficou marcado de tal forma que o software detectava que havia um dedo pousado sobre o componente mesmo quando não havia. Claro que o problema foi de simples resolução, bastando apenas limpar o botão na camisa.
//Tela com bordas curvas
A tela QHD do Galaxy S6 Edge tem qualidade de imagem excelente, assim como a do Note Edge. A tecnologia utilizada neste componente é a SAMOLED, que, basicamente, atua como o OLED convencional. Com isso, não há dependência de retroiluminação e, portanto, o contraste é melhor e o consumo de bateria é menor do que os paineis com tecnologia LED, usados em smartphones mais baratos, como o Motorola Moto E.
São muitos pixels: 2 560 por 1 440 pixels em 5,1 polegadas de tela. Isso resulta em 577 pixels por polegada.
A calibração das cores é excelente no modo padrão, chamado de "adaptativo". Também há outras configurações com maior ou menor saturação das cores. Fica a gosto do usuário.
Não é surpresa alguma que Galaxy S6 Edge tenha tudo que há de melhor no portfólio de tecnologia da Samsung. Com isso, temos aqui o aparelho mais poderoso da marca até o momento. Em um movimento de mercado que favorece a fabricante por eliminar intermediários, a empresa deixou de lado os processadores da Qualcomm e adotou um próprio, ou seja, um Exynos. O modelo chamado 7420 vem com CPU octa-core (quad-core de 1.5 GHz Cortex-A53 e quad-core de 2.1 GHz Cortex-A57), o que oferece uma gestão inteligente da energia — componente chave para um bom desempenho no quesito bateria, ao lado da tecnologia de tela.
Apesar da Samsung ter iniciado a produção em massa de memórias com 4 GB, o que temos neste smartphone é são 3 GB. Mas há um porém: o componente é do tipo DDR4, o que oferece melhor desempenho durante o uso do que o S5, que tinha DDR3.
O aparelho testado pelo INFOlab estava bloqueado para benchmarks. O texto será atualizado com esses dados em breve.
Fora isso, tudo que importa atualmente está presente neste smartphone: 4G, Wi-Fi ac, NFC, Bluetooth 4.1 e GPS.
//Bateria
O Galaxy S6 Edge conta com uma bateria com capacidade de 2 600 mAh. Apesar de ter bem menos do que o que tem o Galaxy Note Edge, a diferença nos testes não é muito grande. O aparelho suportou por 10 horas e 9 minutos de uso intenso, segundo o método do INFOlab, enquanto o smartphone maior da marca aguentou por pouco mais de 12h. A menor capacidade da bateria tem um impacto positivo em um ponto importante: o tempo de recarga. Com o aparelho desligado, foi preciso menos de uma hora e meia para que a bateria fosse de zero a 100%, usando o carregador que vem na caixa do produto.
Porcentagem Tempo necessário 5% 2m20s 25% 13m58s 50% 28m55s 75% 44m47s 100% 1h24min28sO Galaxy S6 Edge tem suporte para carregadores sem fio, que funcionam por indução, e a própria Samsung trará um novo modelo para o mercado brasileiro em breve — e ele já está no INFOlab. Com o Samsung Wireless Charger - Pad Type, o tempo de recarga foi maior.
Porcentagem Tempo necessário 5% - 6m40s 25% 38m28s 50% 1h18min 100% 2h43minVeja abaixo uma comparação entre a velocidade de recarga do S6 Edge com carregador de 2A com o S6 com carregador de 1,5A.
O sistema Android 5.0 Lollipop está presente, bem como a interface Touchwiz — muito criticada por analistas de produto em todo o mundo nos últimos anos. Dando ouvidos a esse pedido, a Samsung suavizou a Touchwiz e agora há menos apps pré-instalados. Ainda assim, há alguns itens desnecessários, como o Entertainer, que mostra os principais eventos da cidade. A proposta é boa, mas a questão é que não há conteúdo voltado ao publico brasileiro. Contudo, vale notar que pode haver diferença entre a versão de teste e a versão vendida nas lojas.
A grande novidade, em termos de software, é que agora o bônus de armazenamento na nuvem não é oferecido pelo Dropbox, como aconteceu nos últimos integrantes da linha Galaxy S (eram 50 GB gratuitos por dois anos). O benfeitor passou a ser a Microsoft, que oferece 100 GB de espaço gratuito na nuvem por 24 meses. Depois desse período, novos dados não podem ser gravados, ou seja, so é possivel acessar os arquivos guardados e baixá-los.
Entre os apps típicos dos smartphones da Samsung, encontramos o S Voice, que agora funciona como o Google Now do Moto X. Configurando uma palavra-chave, você pode controlar o aparelho à distância somente usando a sua voz. É possível pesquisar na web, fazer uma ligação ou iniciar o player de música, para citas alguns exemplos.
A agenda chamada S Planner recebeu um update visual, que o deixou mais atraente e funcional. Por exemplo, o calendário mensal tem três visualizações diferentes que podem ser alternadas com o simples gesto de deslizar o dedo. Simplicidades como essa chegam até a estimular o usuário do S6 Edge a organizar melhor sua agenda.
A loja Galaxy Apps continua basicamente a mesma. Em sua seção Gifts, encontramos várias ofertas de conteúdo gratuito, como filtros do app de fotografia VSCO, seis meses de assinatura Premium no Pocket, entre outros. Vale a pena explorar essa loja e descobrir tudo que a Samsung oferece como bônus para quem compra este aparelho.
Há também algumas opções de temas para personalizar a interface do sistema do S6 Edge. Confira.
//Vale a pena?
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O Galaxy S6 Edge é um divisor de águas. Abandonando o design de plástico em prol do vidro e suavizando a interface Touchwiz, a Samsung conseguiu criar o melhor smartphone do momento. Ainda que a tela com bordas curvas não agrade a todos, a empresa espera que os consumidores vejam essa característica como um item de luxo, um item futuristico em meio a um mercado repleto de aparelhos puramente retangulares. Se você não gostava dos smartphones da Samsung por causa do design ou não era fã da Touchwiz, vale a pena pegar o S6 Edge na mão e sentir que tudo está diferente — e para melhor desta vez.
